Caso Bolo Envenenado

Caso

No tranquilo dia 23 de dezembro de 2024, a pacata cidade de Torres, conhecida por suas praias deslumbrantes e ambiente acolhedor, foi abalada por um incidente que abalou a confiança de seus habitantes. Um bolo envenenado, aparentemente preparado com o intuito de celebrar as festas de fim de ano, se tornou o epicentro de um mistério que deixou todos perplexos.

Envolvidos Vítimas

As irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, morreram. A filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, também faleceu. Ainda outros familiares ficaram em observação, vindo a sobreviver.

Objeto

Bolo envenenado, feito por uma das envolvidas, senhora Zeli.

O que gerou as mortes

A investigação analisou substancias do bolo, urina das vítimas entre outros materiais contidos em provas coletadas nos autos e, percebeu-se a existência de Arsênio, substancia extremamente tóxica e inodora.

Aonde estava o material tóxico

Após apuração da Polícia Civil do Estado de Rio Grande do Sul, por intermédio do Delegado de Polícia Civil delegado Marcos Veloso, encontrou-se arsênio na farinha a qual foi utilizada para o preparo do bolo.

Quem seria o autor ou autora

As investigações chegaram a fortes indícios de autora de Deise Moura dos Anjos, nora de Zeli. Ela teria implantado o arsênio na farinha utilizada na construção do bolo.

Dado importante é que Deise, havia pesquisou sobre arsênio e seus efeitos, comprando via internet o material, antes da morte do sogro e antes das mortes da família de Zeli.

Destaca dados importantes da investigação já liberados:

“O relatório preliminar da extração de dados dos celulares apreendidos, ao qual o g1 teve acesso, apontou ainda buscas feitas na internet por termos como “arsênio veneno”, “arsênico veneno” “veneno que mata humano”. As informações constam da representação da Polícia Civil pela prisão temporária para investigação da suspeita.”

Diego, marido de Deise, filho de Paulo falecido e Zeli, ainda é testemunha.

Qual o suposto motivo para o crime

Uma desavença ocorrida há 20 anos atrás (Zeli – a sogra, Diego marido de Deise e filho de Zeli com Paulo e a própria Deise, principal suspeita).

Há suspeita de outros delitos

Exumando-se o corpo do sogro de Deise, pai de Diego, chamado Paulo dos Anjos, que morreu em setembro de 2024, a perícia descobriu que a causa da morte foi o consumo de arsênio.

Lembrando, Paulo faleceu justamente por consumir alimentos levados pela NORA DEISE, tendo uma infecção intestinal.

Qual o estado da suspeita do crime

Ela está presa em vista mandado de prisão temporário, por investigação de 03 crimes de homicídio duplamente qualificado, e três tentativas de homicídio duplamente qualificados. Ademais, há possibilidade de envolvimento na morte do sogro.

Notas da Delegada Sabrine Deffante que acompanha o caso

“há fortes indícios de que a suspeita do crime tenha cometido outros envenenamentos a pessoas próximas”.

“Não temos dúvida de que era uma pessoa que praticava homicídios em série. Ela não foi descoberta durante muito tempo e apagava as provas que pudessem levar até ela”.

Como está o estado das vítimas sobreviventes

Os sobreviventes tiveram alta na mesma data, a exceção de Zeli, que após 18 dias internada, teve alta nesta data de 10/01/2025. Aliás, teria sido a pessoa com a maior quantidade de arsenio encontrado no sangue, pois consumiu duas fatias de bolo.

Juridicamente, qual crime e desfecho

O ato de atentar contra a vida de alguém, utilizando-se, intencionalmente, de veneno (art. 121, §2º, III), em que a motivação é absurdamente fútil (art. 121, §2º, II) para tal prática, incorre em delito de homicídio, duplamente qualificado.

No caso em estudo, duas pessoas morreram. Outras três foram alvo e chegaram a consumidor o produto envenenado. Com isso, dois homicídios consumados, duplamente qualificados, e três homicídios tentados, duplamente qualificados.

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